Gilmar Rocha

Sou natural do Estado do Rio de Janeiro, filho de migrantes mineiros.

Graduei-me em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF/MG).

Já em terras mineiras migrei para Belo Horizonte para cursar o Mestrado em Sociologia (PPGS/UFMG) com concentração na área da Cultura. Naquele momento, desenvolvi uma dissertação sobre a malandragem carioca a partir das memórias do lendário Madame Satã (João Francisco dos Santos, 1900-1976), cuja “vida exemplar” me permitiu capturar as categorias da honra e da valentia como valores estruturantes do estilo de vida dos malandros em meio as classes populares.

Entre o tempo do mestrado e o do doutorado, exerci atividades pedagógicas e burocráticas na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMINAS), onde trabalhei por muitos anos. Ali, participei de algumas pesquisas envolvendo escolas, educação e alguns problemas que afetam esse “campo”.

Combinando um pouco de antropologia com aprendizagem, com Marcel Mauss descobri mais do que o consagrado autor da dádiva, senão uma fonte de inspiração para a vida.

Gosto muito dos “clássicos” da antropologia moderna e tenho aprendido muito com eles.

Também nesse meio tempo fiz doutorado, motivado para o estudo do corpo e de seus simbolismos, suas técnicas, suas gestualidades e suas performances, então, encontrei o circo e segui viagem com ele. Realizei uma “etnografia viajante” com o circo, na época, o Grande Circo Popular do Brasil (Marcos Frota Circo Show); experiencia que ainda hoje me afeta.

Que aprendizado!

Aprendi, e ainda aprendo muito com as culturas populares. E essa aprendizagem me estimulou e tem me estimulado a aproximação com a “educação patrimonial”. Para mim, um ponto de convergência e de diálogo com a educação, a antropologia, o patrimônio, a teoria antropológica.

Atualmente, sou professor do Departamento de Artes e Estudos Culturais (RAE) e do Programa de Pós Graduação Cultura e Territorialidades (PPCULT) da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Coordeno o grupo de estudos do CNPq Artesanias, paisagens corporais e culturas populares. Ao longo dos anos, publiquei artigos, capítulos de livros e livros sempre envolvendo os temas da cultura popular, da educação, teoria antropológica, muitos em parcerias. Participo da Rede Argonautas, uma Rede de Pesquisadores em Antropologia da Educação, da qual fazem parte alguns dos principais pesquisadores e pioneiros em antropologia da educação no Brasil. Um privilegio e, é claro, uma outra forma de aprendizado indescritível!

Nesse momento, tão impactado pela pandemia do COVID 19, estou às voltas com uma pesquisa sobre as culturas populares (Jongo/Caxambu, Capoeira/Maculelê, Calango, Caninha Verde e Folias de Reis) da região do Vale do Café (médio vale do Paraíba) com apoio do CNPq.

Tenho um gosto muito especial pela leitura e, principalmente, pela escrita (embora a poesia tenha me abandonado desde anos atrás), mas é, nesse lugar da escrita e com os amigos, que me encontro e que dou sentido à vida.

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